Rafael Augusto Xavier Borges; Tainan Messina. 2012. Dalechampia leandrii (EUPHORBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Cordeiro et al., 2012). A espécie possui registros no Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995) e Santa Catarina (CNCFlora, 2011), o que é corroborado por Secco (com. pess.).
<i>D. leandrii</i> apresenta distribuição extensa ao longo da Mata Atlântica no Sul e Sudeste do Brasil, com subpopulações presentes em fragmentos que continuam sendo reduzidos pelo desmatamento. Dessa forma, é necessário que tais fragmentos continuem sendo monitorados para verificar se a espécie terá uma redução do número de situações de ameaça onde se encontra.
Descrita originalmente na obra Adansonia 5: 315. 1865., a espécie é caracterizada pelas sua folhas discolores, estipuladas; apresentam acentuada pilosidade ócrea na inflorescência branco-esverdeada (Santos, M. 12 RB).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | |||||
A Mata Atlântica é um bioma caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos compõem populações isoladas de populações que habitam outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana, circundante de um fragmento, pode significar uma barreira intransponível (Galindo-Leal; Câmara, 2003). No Estado de São Paulo, área central da distribuição da espécie, a Mata Atlântica originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração e extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no Estado de São Paulo (Costa, 1997). |
Ação | Situação |
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1.2.1.3 Sub-national level | on going |
A espécie foi considerada "Rara" (R) de acordo com os critérios de raridade adotados em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995). |
Ação | Situação |
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4.4 Protected areas | on going |
Possui registros em unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional da Tijuca (RJ) e APA Cananeia-Iguape (CNCFlora, 2011). |